Nos primeiros anos de vida da criança que ocorrem importantes avanços nas aquisições motoras, cognitivas, de linguagem e social. As aquisições neuropsicomotoras nesta fase ajudam na compreensão do desenvolvimento, uma vez que esse período é marcado como a fase crítica. O desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM) é definido como um processo de mudanças no comportamento de um indivíduo e que está interligado com a idade. Com esta avaliação, pretende-se apresentar informações que possibilitam o entendimento do padrão de desenvolvimento atual da criança. Esse processo é muito importante para o ser humano, pois quando o recém-nascido (RN) nasce o seu sistema nervoso central (SNC) ainda não está completamente desenvolvido e em consequência disso ele é totalmente dependente das pessoas que fazem parte de seu convívio. Contudo, é a partir da sua estimulação, tanto sensorial quanto motora, o seu desenvolvimento ocorrerá e se manterá em constante evolução, auxiliando também no seu processo de aprendizagem acadêmica.
A Avaliação Neurocognitiva serve como base para: diagnóstico de déficits cognitivos, predição de como as dificuldades existentes podem afetar o cotidiano dos pacientes e a elaboração de um plano de reabilitação cognitiva. A Neuropsicologia visa estudar a repercussão das diversas lesões ou disfunções cerebrais sobre o comportamento e a cognição. Avalia as funções mentais inteligência, atenção, memória, cálculo, capacidade de aprendizagem, linguagem, etc.
Sua aplicabilidade engloba tanto a avaliação de adultos quanto de crianças. É um exame que pode esclarecer a compreensão de casos de dificuldade de aprendizagem, uma vez que aponta que áreas da cognição estariam comprometidas, justificando o baixo desempenho acadêmico.
Pode ser solicitado por qualquer profissional de saúde e utiliza testes padronizados.
A Síndrome de Irlen (S.I.) é uma alteração visuoperceptual, causada por um desequilíbrio da capacidade de adaptação à luz que produz alterações no córtex visual e déficits na leitura. A Síndrome tem caráter familiar, com um ou ambos os pais também portadores em graus e intensidades variáveis. Suas manifestações são mais evidentes nos períodos de maior demanda de atenção visual, como nas atividades acadêmicas e profissionais que envolvem leitura por tempo prolongado, seja com material impresso ou computador.
A caracterização desta síndrome foi feita pela psicóloga Helen Irlen, com um estudo prospectivo envolvendo centenas de adultos considerados analfabetos funcionais pela leitura deficiente e baixa escolaridade. O estudo, aprovado e financiado pelo Governo Federal Americano, foi apresentado perante a Associação Americana de Psicologia em Agosto de 1983